13/05/2024
A abolição da escravatura no Brasil, promulgada em 13 de maio de 1888 pela Lei Áurea, é frequentemente considerada um marco histórico importante. No entanto, essa narrativa simplista esconde uma série de complexidades e contradições que revelam uma verdadeira farsa por trás desse evento
É crucial compreender que a abolição não foi o resultado de uma benevolência repentina por parte da elite brasileira, mas sim uma resposta a uma série de pressões internas e externas. Internamente, a sociedade brasileira estava passando por mudanças significativas, com a abolição sendo uma demanda cada vez mais forte de grupos abolicionistas, formados principalmente por intelectuais, jornalistas, e parte da classe média urbana.
Externamente, o Brasil enfrentava crescente pressão de potências estrangeiras, especialmente da Inglaterra, que já havia abolido a escravidão em suas colônias e estava pressionando outras nações a seguir o exemplo.
Além disso, a estrutura econômica do país estava mudando, com a produção cafeeira expandindo-se para o oeste de São Paulo e o sul de Minas Gerais, o que tornava a escravidão menos lucrativa.
A Lei Áurea, portanto, foi mais um resultado dessas pressões do que um ato genuíno de libertação. Além disso, a abolição não foi acompanhada de medidas efetivas para integrar os ex-escravos na sociedade, o que os deixou à margem, sem acesso a terra, educação ou trabalho digno, perpetuando assim uma forma de escravidão disfarçada.
A ideologia da “democracia racial” foi disseminada para justificar a continuidade da discriminação e da exclusão social dos negros, criando uma ilusão de igualdade que mascarava a realidade de desigualdade e injustiça que ainda persistem na sociedade brasileira até os dias de hoje.
“O dia 13 de maio foi ressignificado como DIA NACIONAL DE DENÚNCIA CONTRA O RACISMO”
Faça sua parte nessa luta!