12/05/2024
Neste domingo, 12/05, comemora-se o Dia das Mães, segunda data mais importante para o comércio nacional, ficando atrás apenas do Natal. Mas, quando o assunto é maternidade, nem tudo são flores, uma vez que a situação de sobrecarga em que as mães estão condicionadas é uma realidade. A maioria das mães brasileiras é solteira, viúva ou divorciada (55% do total), enquanto 45% vivem com um companheiro ou companheira. Esta é também a realidade da nossa categoria, que tem uma massiva composição feminina em sua base.
Os dados fazem parte de uma pesquisa do Datafolha, que apontou também que 69% das mulheres têm ao menos um filho e que a idade média de todas as mães do país é de 43 anos. O levantamento ouviu mulheres acima de 16 anos em 126 cidades entre os dias 9 e 13 de janeiro deste ano. Foram realizadas 1.042 entrevistas, com margem de erro de três pontos percentuais.
Outra pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas mostra que na última década, o país ganhou 1,7 milhão de mães com a responsabilidade de criarem os filhos sem a ajuda do pai. O levantamento mostra também que 90% das mulheres que se tornaram mães solo entre 2012 e 2022 são negras. Quase 15% dos lares brasileiros são chefiados por mães solo. A maioria, 72,4%, vive só com os filhos e não conta com uma rede de apoio próxima.
O desafio de cuidar sozinha dos filhos também dificulta a busca por emprego. Muitas não conseguem conciliar a rotina na casa com trabalho fixo e precisam de jornadas mais flexíveis. Por isso, normalmente acabam fazendo trabalhos informais e, às vezes, não é um trabalho só. Segundo a pesquisa, mães solo têm rendimento 39% inferior ao dos homens casados com filhos e 20% menor do que as mulheres casadas com filhos.
“Para além do Dia das Mães, melhor do que falar sobre o presente ideal, é refletir sobre as causas da exaustão materna historicamente imposta às mães.”